sábado, 14 de maio de 2011

A história...

Como todas as plantas cítricas, a laranja é nativa da Ásia, mas sua região de origem ainda é controvérsia.
Acredita-se que a laranja tenha sido levada da Ásia para o norte da áfrica e de lá para o sul da Europa, onde teria chegado na Idade Média. Por volta de 1500, época dos descobrimentos, foi trazida para as Américas.
Com a ocorrência de mutações, novas variedades apareceram. Com o passar do tempo, a mudança de clima, terra e outros fatores pelos quais a laranja era submetida desde a plantação até a colheita, fez com que citricultura sofresse diversos avanços e mudanças, o fruto tinha o sabor, aroma, cor e tamanho cada vez mais diversificados.
No século XIX, principalmente na Europa, estudos, pesquisas e técnicas com o objetivo de aprimorar as variedades da laranja, começaram a ser desenvolvidos. Antes do século XX, os Estados Unidos superaram a Europa devido a estudos voltados para o melhoramento de características como tamanho e sabor, ale do aprimoramento genético, o qual visava obter árvores com maior resistência a doenças e variações climáticas.
O Brasil se tornou o maior exportador de frutas cítricas no mundo na década de 80, possuindo mais de um 1 milhão de hectares em seu território. A produção de laranja concentra-se principalmente em São Paulo, o qual é responsável por 70% das laranjas e por 98% do suco produzido pelo país.




Com a colonização das terras brasileiras a partir de 1530, chegaram novos habitantes, e com eles, as primeiras árvores cítricas. As excelentes condições climáticas no Brasil deram espaço para o desenvolvimento da planta no país. Com isso, o Brasil se tornou um grande alvo para pesquisadores europeus em meados do século XIX. Desde então, surgiram muitos livros e estudos sobre a flora brasileira. Muitos até acreditaram que a laranja era uma planta nativa, mas na verdade, a boa adaptação ao clima e ao solo brasileiros foi o que propiciou o desenvolvimento de uma nova variedade da fruta, reconhecida mundialmente: a laranja Bahia, baiana ou "de umbigo", a qual surgiu por volta de 1800.

Técnicos em citricultura de Riverside, na Califórnia, receberam três mudas de laranja Bahia, as quais deram origem as mudas que se espalharam pelos Estados Unidos conhecidas como “Washington Navel” em 1873. Nessa época, a citricultura era considerada uma prática doméstica, mas no início do século XX, ela passou a ser uma opção agrícola. O governo de São Paulo começou a distribuir mudas, e com a crise do café, a citricultura foi ganhando destaque na economia.

O início das exportações
Depois de algumas tentativas de inserção da laranja no mercado de exportação, em 1910, estabeleceu-se a exportação para a Argentina. Na década de 20, a citricultura ainda era guiada pelas potências estrangeiras, o mais importante livro para produtores só foi traduzido no Brasil em 1952.
Apesar de ser um produto popular, os métodos de cultivo de frutas cítricas era pouco conhecido. O Brasil começou seu desenvolvimento na área, importando tecnologias e profissionais estrangeiros, o que fez com que surgissem no país procedimentos e normas próprias de cultivo.

Foi na década de 30 que a laranja começou a participar de um movimento de diversificação da pauta de exportação brasileira. Em 1939, a laranja já era um dos dez produtos mais importantes na exportação do país. O impacto foi tanto, que em 1932, empresas de outros setores estavam interessadas no mercado da citricultura.



Segunda Guerra Mundial - Crise
Com a segunda guerra mundial, o desenvolvimento da citricultura foi prejudicado. Vários pedidos foram cortados em 1940, o que deixou os produtores paulistas a ver navios.  Com o abandono dos pomares, as doenças também se tornaram um problema, além da baixa na exportação. Uma doença desconhecida na época, que foi chamada de "tristeza", destruiu cerca de 80% das árvores cítricas existentes no Brasil. Uma solução para a doença foi desenvolvida em 1955.

O renascimento
Com o término da guerra, produtores, comerciantes e exportadores apostaram novamente na laranja. Devido a uma nova bactéria, Xanthomonas citri - agente do cancro cítrico, em 1917, o setor citrícola paulista criou o Fundecitrus - Fundo Paulista de Defesa da Citricultura.

A indústria da laranja

Uma grande geada nos EUA em 1962 destruiu a maior parte da citricultura no país. Devidos aos danos provocados, houve uma enorme falta de suco. O Brasil se tornou então uma alternativa para os EUA, fato que propiciou a indústria brasileira de suco e subprodutos, a qual era fraca até então.
Em 1963, o Brasil exportou mais de 5 mil toneladas de suco e arrecadou mais de 2 milhões de dólares. Hoje, o Brasil é o maior exportador de laranja do mundo.


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